Ele chegou e não foi a primeira vez...
Eu esperava por aquele encontro há anos...não que não o tivesse visto antes, mas aquele encontro era especial...estávamos sozinhos, num outro país, eramos finalmente adultos e ambos queríamos tirar aquele desejo que estava entala do na garganta desde a nossa adolescência...
Ele era o sonho tornado realidade, era como aquelas folhas onde se escreve o que se quer encontrar no homem para casar...e eu...que nunca falei, sequer mencionei a palavra casamento, gritava aos 4 ventos : " Eu casava-me JÁ".
Falámos do que tínhamos a resolver e eu adormeci no ombro dele durante horas sem que ele alguma vez quisesse mexer o braço...
Foi paixão à primeira vista, foi re-paixão à nova vista...
E lá estava eu, mais uma vez apaixonada, ás portas de um amor quase impossível, pronta a quebrar qualquer barreira e lutar por algo em que pensava acreditar.
Vim para Portugal de coração na mão enquanto a música nos headphones gritava " What If "...
A viagem de comboio quase que me sufocou e entrar no avião era o adeus certo...
Eu tinha a certeza do que sentia e quase certeza que ele também sentia o mesmo...
Ia embora, mas queria sim acreditar que o voltava a ver quem sabe no mesmo sítio, quem sabe por areias mais claras...
A última mensagem dizia que entre nós tudo estava certo, parecia conjugar e a última palavra...Love...
Nunca mais o ouvi, nunca mais o vi... Procurei-o tentando entender o que se passava, já que não era uma paixoneta de uma turista, mas uma amizade que já durava há muito tempo...
Ele simplesmente desapareceu...
E eu...perdi-me...
A frustração é dos piores sentimentos...
Já não sinto raiva, nem paixão...
Sinto-me roubada...
Sinto algo que não sei dizer o que é, porque não tive respostas...e as perguntas são tantas...
Eles voltam sempre...dizem...
Quando voltar eu estarei preparada....